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quarta-feira, 23 de junho de 2010

Inflação menor e aumento da renda reduzem gastos das famílias com alimentação

Percentual dessa despesa no orçamento caiu de 33,9% para 19,8% em 34 anos

O aumento na oferta de produtos, a inflação menor e a melhora na renda dos brasileiros reduziram os gastos das famílias com alimentação nos últimos anos.

Em 1975, as despesas com comida corroíam 33,9% do orçamento das famílias. Esse percentual caiu para 20,9% em 2003 e 19,8% em 2009, segundo a POF (Pesquisa de Orçamentos Familiares) divulgada nesta quarta-feira (23) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Segundo Márcia Quintslr - Coordenadora de Trabalhos e Rendimento do IBGE, vários fatores explicam essa mudança.

- A queda nos gastos não significa que houve diminuição no consumo. Na verdade, muitos alimentos estão sendo muito mais consumidos. É bastante factível supormos que o aumento da oferta causou uma redução nos preços, beneficiando as famílias.

Um exemplo é o aumento nos gastos com o grupo de alimentos formado por carne, vísceras e pescados (21,9%), enquanto que as despesas com leite caíram de 11,9% para 11,5%, entre 2003 e 2009.

Essa mudança nos hábito de consumo pode ser notada até mesmo no comportamento do brasileiro, que está gastando mais em refeições fora de casa. Os moradores da região Sudeste, por exemplo, gastam R$ 172, 78 por mês em restaurantes e lanchonetes. Já os da região Nordeste, consomem pouco mais de R$ 81.

Segundo o estudo, outros gastos como habitação e transportes acabaram ocupando o espaço dos alimentos no orçamento dos brasileiros.

Participação da despesa de consumo média familiar mensal por tipo em %
Brasil
Tipos de Despesa ENDEF74-75 POF02-03 POF08-09
Alimentação 33,9 20,8 19,8
Habitação 35,9 35,9 35,9
Transporte 11,2 18,4 19,6
Assistência à saúde 4,2 6,5 7,2
Educação 2,3 4,1 3,0
Outros 18,0 14,7 14,4
Fontes: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Estudo Nacional de Despesa Familiar 1974-1975.


Maior escolaridade aumenta os gastos


A POF mostrou também uma reação direta entre a escolaridade e os gastos familiares. As famílias onde o chefe tem menos de um ano de estudo gastam R$1.403,42 por mês. Caso o membro tenha mais de 11 anos de escolaridade, as despesas saltam para 4.314,92, um aumento de quase 207%.

A pesquisa revela ainda que, apesar das famílias estarem diminuindo suas dívidas, cerca de 68% delas ainda gastam mais do que ganham e que 35,9% têm alguma dificuldade em chegar ao final do mês com dinheiro para todas as despesas.

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