dailymotion-domain-verification-bf8367051eadca91-dmebea1o8ssgrxz1l Jacir Holowate: 8 de abril de 2010 stat counters

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quinta-feira, 8 de abril de 2010

Novo deslizamento soterra dezenas de casas em Niterói (RJ)

Bombeiros e vizinhos trabalham sem parar para tentar encontrar moradores sob toneladas de lama.



O horror, mais uma tragédia, mais um deslizamento. Uma montanha de terra desabou, ontem à noite, sobre as casas de dezenas de pessoas.

Foi em Niterói, uma das cidades do estado do Rio de Janeiro mais castigadas pela chuva. Um cenário terrível é o que se vê pela manhã. Os bombeiros trabalharam a madrugada toda em busca de sobreviventes.

O deslizamento aconteceu por volta das 21h de quarta-feira. Ao chegar ao local, equipes de resgate ainda não tinham a dimensão a tragédia. Fala-se que havia entre 50 e 70 casas no morro. Desde o final da noite, 150 homens trabalham na retirada de escombros, vítimas e corpos. A Força Nacional de Segurança está envolvida nos resgates, com 39 homens.

O Morro do Bumba fica na zona norte de Niterói, perto da Ponte Rio-Niterói. É uma área muito pobre e muito habitada. Há informações de que há décadas funcionava um lixão no local. A chuva dos últimos dias provocou o deslizamento. Perto dali, há casas ameaçadas de desabar. Ainda há muitas pessoas soterradas.

Autoridades dizem que 600 metros de terra desceram. No momento do deslizamento, não chovia. O terreno já estava encharcado pela chuva dos últimos dias.

Até o início da manhã, foram confirmadas seis mortes e 21 pessoas feridas. A estimativa é que o número de mortos seja muito maior.

Repórter chegou antes dos bombeiros

O repórter Tiago Eltz estava em outro ponto de Niterói quando foi avisado do deslizamento por um morador e chegou ao Morro do Bumba antes dos bombeiros.


Poucos instantes depois do desmoronamento, os moradores vagavam atônitos e desesperados. Foram os próprios moradores que começaram a tentar encontrar sobreviventes. No começo, usaram as mãos para retirar os escombros e tudo mais o que conseguiram para escavar.

De todos os lados, surgiam mais vizinhos com ferramentas. Foram eles que retiraram dos escombros os primeiros sobreviventes: uma senhora, um homem e uma criança.

Assistindo a tudo, gente que continuava sem acreditar no que estava vendo. “Minha família está toda ali”, diz um morador.

Os primeiros bombeiros chegaram e focaram o trabalho em pontos onde os moradores relataram ter ouvido barulhos ou pedidos de socorro. Foi assim que chegaram ao local onde uma creche foi soterrada. Do meio do entulho, arrancaram sobreviventes. Primeiro, a criança. Logo depois um homem e uma mulher.

A todo instante, moradores e bombeiros corriam atrás de um sinal de vida, um barulho que trouxesse esperança.

Os bombeiros e os moradores que continuam ajudando concentram os esforços em um ponto. Segundo os vizinhos, havia três casas, não sabem quantas pessoas. Os bombeiros ouviram pedidos de socorro.

Mas a área atingida pelo desabamento é muito grande, o que dificultou o resgate.

Em um ponto onde os bombeiros estão trabalhando havia uma rua. Embaixo de uma montanha de lama e entulho, há muitas casas. A dificuldade

Madrugada adentro, os bombeiros continuaram os trabalhos. Homens feridos, crianças em choque. Mas a cada minuto que passava, sem outros resgates, aumentava o desespero de quem esperava por notícias de parentes desaparecidos.