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terça-feira, 14 de setembro de 2010

IDF 2010: nova linha de processadores Intel Core i3, i5 e i7, tablets e muito mais

A conferência do departamento de Pesquisa e Desenvolvimento da Intel mostrou novidades arrasadoras para o futuro da tecnologia. Confira!

 

Todos os anos, a Intel realiza o evento IDF (Intel Developer Forum) para mostrar ao mundo os principais recursos que estão sendo estudados pelas poderosas equipes de Pesquisa e Desenvolvimento da empresa. É importante saber que nem tudo o que é apresentado neste evento chega a ser produzido comercialmente.
Mas grande parte das novidades pode ser levada em consideração para uma análise de como será o futuro da tecnologia dos computadores. Neste ano, o foco principal do evento está na nova linha de processadores Sandy Bridge, a segunda geração dos já aclamados pela crítica e pelos usuários Intel Core i3, i5 e i7.
Além disso, também há algumas novidades relacionadas às novas tecnologias aplicadas aos games em nuvens, tablets e muito mais. Confira agora mesmo o que há de melhor no evento da Intel.


Sandy Bridge: processadores de gente grande
Sempre que uma nova linha de processadores é apresentada, uma série de diferenças é anunciada para que os consumidores possam saber exatamente quais são as vantagens de realizar mais um upgrade na máquina. Isso ocorre porque nem todos os usuários entendem o que pode mudar com reduções nanotecnológicas.
A arquitetura Sandy Bridge não é menor do que a arquitetura Westmere que foi divulgada no ano passado, possuindo os mesmos 32 nm da versão anterior. Mas em compensação, várias modificações foram aplicadas à estrutura interna dos processadores para criar um novo padrão de processamento ainda mais rápido.

Esta nova geração dos Intel Core iX, que chega ao mercado no primeiro trimestre de 2011, promete até 3,8 GHz de processamento em até 4 núcleos reais e 8 simulados, garantindo desempenho indefectível, mesmo em momentos em que muitos processos estejam sendo executados simultaneamente.
O que sempre incomoda os usuários é a aflição referente às capacidades gráficas dos chipsets da Intel. A primeira geração do Core iX não permitia a execução de uma série de jogos, por apresentar incompatibilidades com algumas bibliotecas de arquivos. Estes problemas parecem ter sido solucionados, pois até mesmo jogos como Modern Warfare 2 rodam sem dificuldades nas apresentações da Intel.
Além disso, modificações foram feitas para maximizar o poder de processamento gráfico, sem que sejam exigidas placas gráficas dedicadas. Logicamente os jogos mais modernos não poderão ser rodados com suas configurações máximas, mas pelo menos o básico deve ser garantido com esses chipsets.
Divulgação/Intel
Não exigir placas gráficas externas é uma novidade que surge como um pequeno “tapa na cara” da AMD. Isso porque muitos notebooks e desktops mais simples possuem processadores AMD e chipsets gráficos ATI Radeon, muito superiores aos que eram integrados aos Core i3, i5 e i7.

Menos espaço, menos consumo

Você deve estar pensando: “mas poucos parágrafos atrás o texto disse que o processador possui os mesmo 32 nm da versão anterior”. Entenda que os nanômetros são referentes à microarquitetura, ou seja, à arquitetura interna das placas de processamento, não exatamente ao processador como um todo.
Por isso, a nova versão dos chips chegará um pouco menor, com um preço reduzido e menor consumo de energia, sendo ainda mais “verde”. O problema é que junto à nova família de processadores, também chegará ao mercado a nova linha de sockets, locais das placas-mães onde ficam instalados os Intel Core iX.
Repare que esse é um problema apenas para quem já possui um computador com Cores iX. Apesar de todos precisarem adquirir novas placas, são esses usuários que devem sentir mais o peso de não ser possível realizar um upgrade básico, apenas do processador.
E a palavra do ano é: Tablet
Mesmo não sendo o primeiro a ser lançado oficialmente, foi o iPad da Apple que agitou todo o segmento dos tablets. Todos querem ser os “iPad Killers” (Assassinos do iPad), roubando o mercado e os consumidores que aquele conquistou em tão pouco tempo. Analisando este momento, a Intel declarou que também vai se especializar no assunto.
Em breve devem surgir os primeiros processadores especialmente desenvolvidos para slates. Estes chips devem ser baseados nos Atom Pinetrail e Atom Oaktrail (criados para netbooks e smartphones, respectivamente), extraindo o que há de melhor em cada um deles para melhorar o desempenho das “pranchetas eletrônicas”.
Novo Atom
Divulgação/Intel
Com alguns dos mesmos recursos prometidos para os Core iX, os processadores Atom garantem muito mais economia de energia, permitindo melhorias consideráveis na autonomia das baterias, que não devem deixar os usuários na mão após pouco tempo de utilização dos tablets.

Mais novidades na Intel AppUp

No ano passado a Intel anunciou que estava oferecendo uma série de parcerias para desenvolvedores independentes, em uma forma de incentivar a produção de softwares voltados para o funcionamento perfeito em plataformas Atom, como netbooks, smartphones e, agora, tablets.
Além disso, também são incentivadas as criações de programas exclusivos para o sistema operacional Meego, que deve ser o que melhor se compatibiliza com os processadores Atom. Mas não há motivos para pânico, a Intel já deixou claro que outros sistemas operacionais também serão aceitos sem problemas.
Divulgação/Intel
Alto desempenho nas nuvens: agora também para jogos
Computação nas nuvens já não é novidade para ninguém, mas ainda assim os desenvolvedores conseguem surpreender o público e a imprensa com novidades arrasadoras relacionadas ao tema. Quando se pensava que já haviam sido esgotadas as novidades para este ano, surge a IDF para mostrar que a história é diferente.
Em breve será possível jogar games com gráficos pesados sem que seja necessário instalar os programas em seu computador. Isso porque começam a ser aprofundados os recursos “Ray-tracing”, que permitem o processamento gráfico diretamente no processador e demandam menos recursos, por carregar menos objetos.

“Carregar menos objetos?”. Sim, com o “Ray-tracing” apenas alguns objetos gráficos são criados na tela, os outros são apenas simulados por repetição de pixels. É lógico que isso exige um computador potente e uma conexão à internet bastante rápida. Nos testes da Intel, o jogo Wolfentein rodou perfeitamente, mas exigiu quatro servidores enviando os dados.
OASIS: a tecnologia residencial
Uma câmera similar à do Kinect e um projetor pequeno. Conecte-os ao seu computador e você terá uma central de manutenção da sua residência. O OASIS faz constantes varreduras dos ambientes para mostrar ao usuário o que foi mudado no local. Durante a apresentação na IDF, ele foi mostrado como uma ferramenta para listas de compras.
Após fazer varreduras do que havia no local, foi mostrado que alguns itens estavam faltando, portanto deveriam ser comprados novamente. Desse modo a dispensa jamais ficaria sem algum item necessário para a sobrevivência familiar. Em breve o OASIS deve ganhar mais funcionalidades.
USB 3.0: onde está o LightPeak?
No ano passado, o Baixaki se encantou com uma novidade que havia sido apresentada na IDF. Tratava-se do LightPeak, novo método de transmissão de dados entre computadores e dispositivos utilizando moduladores óticos, que garantia velocidades de até 10 GB/s em cabos de até 100 metros de comprimento, uma verdadeira revolução tecnológica.
Proposta anunciada em 2009
Durante a IDF 2010, não foi anunciada uma real introdução do método nos mercados consumidores, mas o tema não foi totalmente abandonado. Por enquanto apenas alguns protótipos foram anunciados, mas a transmissão de dados deve ganhar novos parceiros com o suporte para USB 3.0 que a Intel anuncia.
Esse suporte surge junto com o suporte para os novos chips da DisplayLink, que convertem muitos tipos de sinal digital por meio de circuitos USB 3.0. Entre os tipos de conexões que poderão ser convertidas estão HDMI, VGA e Ethernet.
A proposta da Intel
O slogan da Intel é “Sponsors of Tomorrow” (Patrocinadores do Amanhã). A tentativa de firmar esse slogan como principal imagem da empresa fica mais clara a cada novidade relacionada aos dispositivos desenvolvidos por ela. São tecnologias verdes para proteção ambiental, melhorias nas transmissões de dados, avanços significativos na computação nas nuvens e muito mais.

Parece que, cada vez mais, a Intel deixa de ser apenas a maior fabricante de processadores do mundo, para ser também uma verdadeira solucionadora de problemas. Prova disso está nos novos processadores que devem suprir a necessidade de caríssimas placas de vídeo para jogos em configurações mínimas.
Planejando roubar mercados da AMD e firmar-se como a principal desenvolvedora de chips para tablets, a Intel mostra também que não há como parar no tempo, pois a tecnologia pode ser muito mais desenvolvida ainda, trazendo cada vez mais facilidades para as casas. Agora, a grande questão é: o que está por vir na IDF 2011?

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