Menina estuprada pelo pai pode estar grávida

Amigos próximos da família da menina de 13 anos que era violentada pelo pai desde os 8, em Barra de São Francisco, região Noroeste do Estado, começam a desconfiar que ela possa estar grávida. A adolescente começou a passar mal desde a semana passada, apresentando vômitos e enjoo. O Conselho Tutelar do município deve solicitar que o exame de sangue seja realizado ainda na próxima semana. A guarda da menina continua com a mãe e ela voltou para casa depois da prisão do pai.

De acordo com Celso Lopes de Carvalho, conselheiro da infância e da juventude do municópio, a suspeita vai ser averiguada. "Uma vizinha da tia da menina me disse que na semana passada ela passou mal e chegou a ficar enjoada. Eles acreditam que ela possa estar grávida. Agora, nós do conselho vamos solicitar que seja feito o exame para confirmar a possibilidade dela ou não estar grávida".

O pai da garota, de 37 anos, foi preso após a confirmação do estupro. "Depois que o laudo do Departamento Médico Legal (DML) de Colatina confirmou que houve de fato o estupro contra a menor, eu solicitei ao juiz da comarca de Barra de São Francisco, um mandato de prisão para o acusado. Ele foi detido e depois de ser ouvido aqui na delegacia, foi encaminhado para a penitenciária do município", informou Antônio Coutinho Corrêa, delegado da cidade.

O caso de violência sexual veio à tona depois que o conselho tutelar recebeu uma denuncia anônima. Os agentes estiveram na escola onde a jovem estuda e confirmaram que o caso acontecia desde que a menina tinha 8 anos. A menor também confirmou que a mãe sabia de tudo.

"Ele ia ao meu quarto toda à noite e sempre me disse que eu não podia contar nada para ninguém, pois se eu fizesse isso, ele ia matar a mim, a minha mãe e meu irmão. Aí eu fiquei com medo e nunca contei nada. Mas a minha mãe sabia de tudo, pois um dia quando ele estava no meu quarto ela entrou e pegou, ai ela me bateu e me mandou vestir a roupa".

O acusado ficará detido até que seja julgado. Caso seja condenado, ele pode pegar até 12 anos de prisão. A menina receberá acompanhamento psicológico e assistencial pelos próximos seis meses, podendo ser estendido até 1 ano.