Adolescente foi estuprada durante festa em Joaçaba (SC).
“Estamos ouvindo algumas pessoas que participaram da festa, no sentido de comprovar se tiveram alguma participação na prática sexual”, disse o delegado Ademir Tadeu de Oliveira.
Três jovens do interior de Santa Catarina gravaram as imagens. E teriam divulgado as cenas pela rede mundial de computadores.
Nas imagens, a menina parece desacordada. É despida e estuprada por dois rapazes. No depoimento à polícia, a adolescente disse que bebeu vodka com refrigerante, passou mal e precisou ir ao banheiro. Ao entrar, foi empurrada por um dos jovens, bateu a cabeça e desmaiou.
Um morador de Joaçaba viu as imagens do crime na internet e procurou a polícia. Três jovens foram presos. Dois deles têm 18 anos e cursam administração de empresas. O outro é adolescente, tem 16 anos, é aluno do ensino médio de um colégio privado.
De acordo com a polícia, um dos universitários gravou o estupro, praticado pelo colega e pelo menor.
Para a psicóloga Silvana Martana, que estuda a sexualidade na juventude, comportamentos assim têm origem nas próprias famílias. “Essas coisas são resultados da má formação, famílias problemáticas, formação educacional. Os pais não gastam tempo com seus filhos adolescentes. Os pais têm a fantasia que se colocar numa ótima escola, nos cursos complementares, ele vai estar educado. E não é isso”, disse.
Dos 13 participantes da festa, 10 já prestaram depoimentos à polícia. Os dois jovens de 18 anos e o menor de 16, responsáveis pela violência sexual e por colocar o vídeo com a filmagem do estupro na internet, estão presos.
A jovem vítima de abuso também já foi ouvida pela investigação. Segundo a polícia, ela não se lembra do que aconteceu durante a festa. A adolescente afirmou em seu depoimento que recebeu telefonemas dos rapazes que cometeram o crime pedindo para que ela não os acusasse.
A polícia não descarta a hipótese que além dos dois jovens que aparecem nas filmagens, outras pessoas tenham abusado sexualmente da adolescente enquanto ela esteve desacordada.
A participação de outros jovens no crime, no entanto, seria difícil de ser comprovada. Como a festa ocorreu no dia 25 de outubro, as evidências que poderiam ser usadas pela perícia não existem mais. Assim, os demais responsáveis precisariam confessar a participação.
De acordo com a investigação da Polícia Civil, a maioria das pessoas que estavam na festa são menores de idade. Três jovens que estavam no local ainda não foram identificados.
Os peritos encontraram fotos do crime e conversas sobre a festa trocadas entre os jovens responsáveis pelo crime nos computadores apreendidos pela polícia. O equipamente ainda está sendo periciado. O Delegado Ademir Tadeu de Oliveira, que recebeu a denúncia e investiga o caso, pretende encerrar o inquérito e encaminhar o processo para o Ministério Público no início da próxima semana
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