- Se de repente ele, que evitava os espelhos a todo o custo e que de manhã vestia a primeiro coisa que apanhasse do chão, começar a sair de casa muito arranjado.
- Quando lhe diz que precisa de mais espaço.
- Anda agarrado ao telemóvel o dia todo, à espera que ele toque ou que apareça alguma coisa no visor (caso esteja em silêncio).
- Repara que ultimamente, cada vez que ele recebe uma chamada se afasta para ir falar longe.
- Ele que às nove em ponto estava sempre em sua casa ou que não se levantava do sofá por nada, de um dia para o outro começou a ter muito trabalho no escritório e chega todos ou quase todos os dias fora de horas.
- Normalmente os homens não controlam os gastos, mas isso pode ser agravado. Você percebe gastos excessivos principalmente se tiverem conta conjunta.
- A lista de desculpas cresce com cada semana que passa: são reuniões de trabalho, jogos de futebol com os amigos, despedidas de solteiro, o irmão que teve um furo ou a mãe que ele teve de levar ao hospital para visitar uma amiga. Se os períodos de tempo passados longe de si já se tornam demasiado longos e demasiado frequentes… desconfie.
- Se o confronta com a sua suspeita ele fica agressivo e abre logo uma discussão curta, sem responder à sua dúvida e à sua desconfiança.
- Nota que as demonstrações de carinho diminuíram ou chegaram mesmo a desaparecer.
- Ele demonstra falta de interesse sexual? Quando isso acontece é porque geralmente há algo estranho. Numa relação existe uma certa continuidade com o sexo. E se um pede mais que o outro, pelo menos isso já é uma coisa estabelecida, pois ambos se conhecem. Mas, se o apetite diminui bruscamente, algo de errado aconteceu.
- Ele tem se irritado ou fica stressado com facilidade.
- Sente que é deixada para segundo plano muitas vezes.
- Quando você telefona dificilmente consegue falar com ele.
- Ele tem crises excessivas de ciúmes.
TRAIÇÃO
Os estudos realizados sobre a infidelidade nunca são 100% conclusivos porque tratando-se, naturalmente, de um tópico muito sensível (para ambos os sexos!), concluiu-se que os inquiridos neste tipo de pesquisas raramente revelam a verdade nua e crua. No entanto, existem números incontornáveis:
- Os homens traem mais do que as mulheres (60% vs 40%); mas ambos fantasiam ter uma relação extraconjugal (60% vs 55%).
- É verdade que tudo depende das circunstâncias, alerta a terapeuta de casais Marian Helena Matarazzo, autora do livro “Encontros, Desencontros & Reencontros”. “Casos passageiros causam menos estragos e são mais fáceis de perdoar do que aqueles mais longos, que pressupõem envolvimento emocional”, diz.
- No caso dos homens, a maioria das infidelidades acontecem nos primeiros quatro anos de casamento, mas voltam a trair entre o 20º e 24º aniversário de matrimónio; no caso das mulheres, a traição normalmente dá-se entre o 5º e o 9º ano de casamento.
- Quando questionados sobre os motivos que os levam a ser fiéis, as mulheres dizem que são leais porque querem que os parceiros também o sejam; os homens não “saltam a cerca” porque não querem confusões!
- Existem várias motivações: a procura da novidade, um escape da rotina e da monotonia de uma relação de muitos anos, a afirmação da masculinidade/feminilidade (comum entre traidores compulsivos), atracção sexual ou simplesmente porque a situação se proporcionou.
- As reacções a uma traição também são influenciadas por outros factores, como a idade, a maturidade emocional, a fase em que está a relação e até os interesses materiais em jogo.
- Normalmente as infidelidades masculinas nada têm a ver com amor ou envolvimento emocional.
- A “solidão a dois”, vivida por centenas de casais, é mais comum do que se imagina. Muitas vezes, a rotina enfrentada por ambos leva à falta de diálogo e entrosamento.
A SUA REACÇÃO
- A descoberta de uma traição é o desmoronar de tudo aquilo que dava como certo até aquele momento. Sente-se sozinha, incapaz de perdoar e de voltar a confiar no seu parceiro.
- Descobrir a traição por conta própria ou saber por meio de terceiros tende a tornar a situação muito mais difícil. Por mais que ele se mostre arrependido, ficará a impressão de que tal sentimento se deve a ter sido apanhado em flagrante, e não à própria vontade de corrigir o erro, evitando reincidências.
- Quando é ele que toma a iniciativa de contar a descoberta é tão má como quando descobrimos por outras vias. Mas neste caso costuma ser mais fácil perdoar. O fato de admitir a escapadela sinaliza “lealdade” (que é diferente de fidelidade) e sincero arrependimento. “Isso preserva, de certa forma, o vínculo de cumplicidade, amenizando a gravidade do deslize”, explica a psicóloga Karina Brito.
- Inicialmente o mais provável é ser incapaz de compreender que o seu companheiro esteve física, emocional e intimamente ligado a outra pessoa que não você.
- Vai perder muito tempo a reviver o tempo em que a infidelidade ocorreu, fazendo ligações e tentando perceber como é que não viu o que se estava a passar, como é que não viu que a sua vida se tornou uma mentira.
- Confrontada com esta realidade à qual não consegue fugir, os episódios de choro, de gritos, discussões, agressões e o partir de objectos são comuns – sente-se fora de controlo e é assim que vai agir.
- Cuidado porque a fúria pode cegá-la, impedindo-a de pensar de forma clara e racional, o que pode trazer ao de cima o desejo de vingança. Nesta altura, é preciso pensar que esta é apenas mais uma fase e também esta vai passar.
- Tomar atitudes baseadas nas emoções e na dor vão provavelmente levá-la a fazer coisas sobre as quais mais tarde vai arrepender-se.
- Após ter acabado com toda a sua raiva, vai sentir-se esgotada e fraca. Esta fase pode vir dias a meses depois de ter sabido a notícia.
- Embora devastada, começa a raciocinar novamente, deixando de pensar na outra mulher e volta as suas atenções para a sua vida e para a forma como vai ter que resolver a situação.
- É importante definir bem o que quer para si. Quer tentar resolver as coisas com o seu companheiro? Ou quer seguir a sua vida em frente?
- Terá de questionar-se: consigo viver com esta nova realidade? Vou conseguir perdoar o meu companheiro e não falar sobre a sua traição todos os dias? Confio nele? Ele já assumiu a sua responsabilidade, a sua culpa? Foi totalmente honesto quando disse que nunca mais voltaria a acontecer nada semelhante? Se sim, a reconciliação é um objectivo realista. Se, por outro lado, o seu parceiro continua a desmentir o seu caso amoroso, não responde às suas perguntas, continua a agir de forma suspeita e/ou mantém o contacto com a outra mulher, terá de avaliar se vai conseguir viver assim. Talvez a reconciliação não seja uma meta razoável. Terá de pensar em si. Coloque-se em primeiro lugar.
- É comum a mulher ficar ressentida com toda a situação e viver desconfiada, na tentativa ilusória de se prevenir de uma outra decepção. Essa é uma atitude de quem não perdoou e de quem ainda tem raiva do parceiro.
MELHOR SOZINHA
- Se optou por terminar a relação, esta será uma fase de intensa solidão, mas é importante reagir.
- O mais importante nesta fase, apesar de ser o que custa mais, é cortar o contacto com o seu ex-companheiro. É mais difícil quando se tem filhos, mas é importante que corte o contacto com ele. O mais natural é ele vir atrás de si, querer saber de si, mas explique-lhe que nesta altura tem que tomar essa postura. E seja firme em relação a esta sua decisão.
- Mude de telefone, mude de email, mude…
- Perca uma tarde para estudar a sua casa e altere a disposição dos móveis. Muitas pessoas referem que ao estar em casa, sozinhas, as lembranças vêm mais facilmente. Assim ocupa-se e talvez traga boas energias se seguir alguns conselhos Feng-Shui.
- Procure novos interesses, novos locais, novos restaurantes, novas discotecas.
- Não vá a correr para os braços de outro homem pois não estará preparada por um novo envolvimento emocional.
- O importante é não se fechar em casa numa depressão profunda.
- É difícil seguir-se em frente, mas se foi forte o suficiente para o fazer é porque consegue até ao fim.
PERDOAR A TRAIÇÃO
- “Querer perdoar é o primeiro passo para o perdão”, afirma a psicóloga Sylvia Sabbato.
- Está comprovado que os casais que conseguem sobreviver e ultrapassar uma infidelidade, acabam por sair dessa crise com uma relação mais forte do que nunca.
- Para a psicóloga Maura de Albanese, diretora do Instituto de Psicologia Avançada,em São Paulo: “só perdoamos quando compreendemos a situação. É um processo intelectual, não tem nada de emocional. A mulher que perdoa entende o que o marido fez e onde ela também errou”, diz Maura.
- Reconhecerem que não seria um obstáculo muito fácil de contornar e dar, um ao outro, o espaço e o tempo necessário para o fazer é essencial.
- É preciso controlar a impulsividade e pensar profundamente naquilo que era melhor para cada um.
- A psicóloga Sylvia Sabbato afirma que a mulher traída tem de estabelecer regras para que o perdão funcione. “Ela pode perguntar o que quiser e ele deve responder. Mas, para evitar o desgaste, é fundamental marcar dia e hora para isso”, afirma. Porém, a mulher deve ser sincera a ponto de não abusar dessa sua condição “privilegiada”. “Ela tem de saber se quer mesmo continuar a relação ou apenas fazer o parceiro sofrer ao espezinhá-lo. Por isso, é sempre bom buscar um terapeuta para agir como um intermediário”, diz Sylvia.
- Tentem perceber o “porquê” da traição (se existir “porquê”).
- Não se deixe influenciar por familiares ou amigos, a escolha é sua e só você sabe o que se passa consigo e na sua relação.
- Dediquem-se em conjunto à reconciliação.
- Comprometam-se (ambos) a serem honestos.
- Comuniquem um com o outro. Não deixem nada por dizer.
- Só o facto de terem ultrapassado, com amor e dedicação, um momento tão delicado como uma traição é o suficiente para fortalecer qualquer relação.
- Este será um processo longo e árduo, onde também você terá de se questionar acerca do seu papel na relação e como melhorá-la.
- Não se martirize ao querer saber os detalhes mais sórdidos, os pormenores, onde foi, com quem foi. Isso é para se falar uma vez e depois esqueça. Tente esquecer. Mas a contínua lembrança desse momento a este nível pode deitar abaixo a vossa relação.
- Exija do seu parceiro total honestidade, que cesse todo e qualquer contacto com a outra mulher (se ainda não o fez), que não desdramatize a situação, que não a culpe exclusivamente a si, esperando que esqueça o assunto de um dia para o outro.
- Se fez alguma coisa que possa ter contribuído para essa infidelidade, tem de assumir a sua quota-parte da responsabilidade.
- Uma comunicação aberta e franca sobre tudo aquilo que aconteceu, o que sentiram e o que sentem agora é meio caminho andado para voltar a estabelecer uma relação de confiança.
- O regresso a um dia-a-dia onde o seu homem está nitidamente a fazer um esforço para se redimir e voltar a solidificar a vossa relação é um bom sinal.
- Da sua parte, também terá de estar preparada para perdoar e para não dificultar uma situação que por si só já é complicada.
- O ideal não é procurar a relação que tinham, mas sim começar de novo.
- O que nunca vai poder apagar da mente serão nomes, lugares, ou momentos que vão recordar a altura em que o seu companheiro foi infiel: pode ser uma música muito popular naquela época ou o restaurante pelo qual passa quando vai ao dentista e onde sabe que eles jantaram frequentemente. Estas lembranças podem surgir a qualquer momento e não há nada que possa fazer para as evitar, apenas evite ficar obcecada com coisas que estão agora no passado, que não pode mudar e que no fundo está a tentar esquecer e enterrar.
- Consciencialize-se de uma coisa, a sua relação com o seu parceiro nunca será como antes.
- Filhos, situação financeira, solidão, falta de objectivos de vida, culpa, baixa auto estima são alguns dos motivos que levam uma mulher a perdoar a traição e tornar sua vida um inferno. Não deixe que este seja o seu caso.
- Não perdoe só porque não consegue imaginar-se sozinha. Vai acabar por deixar de ter controle sobre a situação e as coisas tendem a desmoronar. Cuidado para não confundir dependência emocional com amor.
- Nem pense que só por estar a sentir-se rejeitada por este homem que mais ninguém a vai desejar! Não deixe a sua carência prendê-la a uma situação que não deseja.
PÓS-CRISE
- Como ninguém está livre de ser traída, o ideal é cuidar de si mesma para ficar segura das suas decisões mais importantes na vida.
- Mantenha os amigos próprios, um trabalho ou actividades que dêem prazer, cuide do seu corpo e da sua mente. Esta postura vão torná-la uma mulher mais independente emocional e materialmente.
- Com ou sem o seu homem, vai recuperar e bem.
- Vai demorar o seu tempo, mas sairá deste momento horrível uma pessoa mais forte, mais saudável, mais atenta.
- Não pode entregar a sua felicidade numa bandeja a outra pessoa, nem estar totalmente dependente do seu parceiro, seja ele quem for.
- Cultive os seus próprios interesses e amigos.
- Tenha uma vida própria – se a relação não sobreviver, terá uma rede de apoio; se sobreviver, esta será uma preciosa lição de vida e de crescimento pessoal.
1 comentários:
adorei a materia !ja senti na carne uma traição ,,perdoei entendi mas dei um basta!!beijos
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