dailymotion-domain-verification-bf8367051eadca91-dmebea1o8ssgrxz1l Fetiches femininos | Jacir Holowate stat counters

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domingo, 4 de abril de 2010

Fetiches femininos

Quando se anda pela rua, por mais preocupada que esteja com o tempo do trabalho, com as vitrines em liquidação ou com aqueles três quilinhos a mais, há sempre um cantinho de olho reservado para reparar em detalhes, digamos, interessantes dos homens que dividem a calçada. Entre bíceps bem torneados, barriguinhas relaxadas, tatuagens, tênis furados, bermudões de surfista, cabelos compridos e outros detalhes que só quem observa entende porque o faz, tem para todos os gostos, ainda que, no conjunto, o dono desses excitantes e isolados atributos não lhes faça muito mérito. Em sexologia, o nome que se dá a esse tipo atração, que às vezes revela um gosto muito particular e surpreendente, é fetiche. Mas, calma: nem sempre isso tem relação direta com calcinhas justas de couro e lambidas em saltos altos. Todos nós temos um pouco e, acredite, ele é quase sempre muito saudável para a vida sexual. E, para que os fetiches se manifestem, não é preciso muita coisa além de uma simples e inocente passeio. A arquiteta Cristina Sobreira, por exemplo, garante que seu olho de lince não deixa passar incólume um bíceps sequer. ?Tenho tara em braço de homem. Mas os que eu gosto são difíceis de encontrar, não são aqueles muito bombados, que parecem uns limõezinhos, mas também não são os caniços. É um meio-termo muito específico?, explica ela. É um gosto parecido com o da estudante de Letras Carolina Latini. ?O meu negócio é no carro. Gosto de ver as veias do braço, quando o cara tá dirigindo, mas o problema é na hora de passar a marcha. Fico olhando a mão dele no câmbio, imaginando coisas. Ai, meu Deus, aquela mão no câmbio!?, visualiza ela, às gargalhadas. Já a empresária Sylvia Montenegro tem um fetiche bem simples. ?Gosto de barba ralinha, fico excitada na hora?, garante. Mas o problema dela é com a tara, um pouco constrangedora, de uma amiga, fiel escudeira dos bate-pernas. ?Ela tem a mania de ficar olhando para o volume na frente da calça dos homens. Na rua, ela parece um ser biônico, olhando pra baixo e encarando. O pior é que ela comenta coisas do tipo: ?olha aquele! Aquele é bom, hein? Agora, aquele outro não, parece que não tem nada dentro??, reclama ela. A sexóloga Margareth Labate explica que, em regras gerais, existem dois tipos de fetiche: o corporal e o impessoal. ?O corporal é a atração por um tipo de cabelo, pelo braço, por um determinado atributo físico ou até um defeito, como uma cicatriz, um aleijão. Já o impessoal são objetos variados ou que estão em contato com o corpo da pessoa. E aí que entram as calças de couro, a calcinha de renda, o salto alto. Apesar de alguns clichês, que eu acredito terem origem cultural, os fetiches são muito livres, muito pessoais?, acrescenta ela. E bota pessoal nisso, como comprova a professora de idiomas Patrícia Tolomei. ?Era uma coisa que, a princípio, até me incomodava porque eu achava que quem não usava meia tinha chulé. Mas depois virou um fetiche. Homem com bermuda, de preferência de tactel, e tênis sem meia me deixa louca?, garante ela. No entanto, apesar de altamente específico, é fácil encontrar em qualquer esquina o fetiche de Patrícia, ao contrário das preferências da artista plástica Tamara Saraiva. ?Tenho tesão em homem de saia. O problema é que, no Brasil, isso não existe e nenhum namorado meu nunca topou usar uma pra me satisfazer. Acho que vou me mudar para a Escócia e ser feliz?, brinca. No entanto, quando a brincadeira vai longe demais e se transforma em obsessão, o fetiche deixa de ser um elemento auxiliar da sexualidade e acaba virando um problema. ?Todos nós temos um pouco disso, mas existem os fetichistas que são aquelas pessoas pra quem o fetiche é um elemento fundamental e suficiente para chegar à excitação. Elas são capazes de se satisfazer, por exemplo, apenas com um sapato. Isso até pode ser saudável, desde que não se passe a sentir prazer só e apenas com isso?, revela Margareth Labate. Há também casos de relacionamentos que sobrevivem exclusivamente pelo fetiche. ?Existem pessoas que namoram e até se casam com outras que em nada correspondem às suas expectativas, apenas porque possuem certos objetos ou atributos que lhe atraem. É aí que está o grande problema, transformar o fetiche, que deveria ser um elemento secundário, em algo mais importante que o todo, o caráter, a identificação geral?, alerta a sexóloga. Por isso, quando andar na rua, não contenha seus olhares, mas saiba que é importante distribuí-los, como faz a jornalista Carla Siqueira. ?Meu fetiche é etiqueta de promoção. Adoro, olho todas!?, finaliza ela.

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