dailymotion-domain-verification-bf8367051eadca91-dmebea1o8ssgrxz1l A Bipolaridade | Jacir Holowate stat counters

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quinta-feira, 8 de novembro de 2012

A Bipolaridade

Trata-se da um transtorno em que o humor assume autonomia, deixando de responder adequadamente ao que seria esperado. A bipolaridade se manifesta com fases maníacas ou eufóricas, fases depressivas (apatia, tristeza) e fases mistas (agitação, irritabilidade e ansiedade).


O que é humor? 
O humor é a energia básica da mente e se reflete principalmente no grau de vontade e motivação do indivídio. O humor é maleável, modificando-se de acordo com o que acontece na nossa vida para servir de "termômetro" do ambiente. Por isso, o estado de humor influencia dramaticamente o modo como encaramos as situações.

A partir do "filtro do humor" se define o quanto devemos ou não nos arriscar e investir. Portanto, o estado de humor define em grande parte o comportamento. O humor sadio mantém a maleabilidade frente às situações e suas flutuações são proporcionais aos fatos.
Quando algo de muito ruim ou muito bom acontece, o humor varia de acordo, mas em algumas horas ou poucos dias o humor volta ao padrão habitual. Assim, o humor sadio é previsível quanto ao tipo de variação e o tempo que leva para voltar a um nível bom.
O que é um transtorno de humor? 
É um estado em que o humor está reagindo de modo incompatível ou exagerado à situação. Essa desregulação pode se dar tanto para baixo (forma depressiva) quanto para cima (forma maníaca). Há também estados em que o humor está particularmente agitado e turbulento (forma mista).
Como o humor define nossa percepção de risco e de oportunidades, quando está exageradamente elevado (eufórico) sem razões para tanto, é comum se expor ou se envolver em situações de maior risco. Por outro lado, os estados depressivos tendem ao retraimento e inibição apesar das condições reais não estarem tão adversas. Há também alterações de humor mais brandas, com um desequilíbrio emocional que se traduz em oscilação e sensibilidade emocional, afetando a previsibilidade do humor.

Como categorizado pelo DSM-IV e pelo CID-10, o distúrbio bipolar é uma forma de transtorno de humor caracterizado pela variação extrema do humor entre uma fase maníaca ou hipomaníaca[1], que são estágios diferentes pela gradação dos seus sintomas,hiperatividade física e mental, e uma fase de depressão, inibição, lentidão para conceber e realizar ideias, e ansiedade ou tristeza. Juntos estes sintomas são comumente conhecidos como depressão maníaca[2].
O transtorno bipolar foi descrito por Emil Kraepelin nos primórdios da história da psicopatologia e da psicanálise, enfatizando nesta época os estados maníacos e psicóticos. Hoje em dia existem uma série de medicamentos denominados estabilizadores do humor e antipsicóticos que trazem grandes melhoras às pessoas acometidas, podendo ter, na maioria das vezes, bom curso e prognóstico. Existem indicativos de fatores genéticos, e o estresse é o principal desencadeante, podendo ocorrer em qualquer faixa etária, mas a média de aparecimento é por volta dos trinta anos. As pessoas alternam ciclos mais ou menos graves de depressão e humor exaltado (mania ou hipomania). Podem existir ou não características psicóticas, dependendo da intensidade do distúrbio, tratamento e evolução.
Muitas pessoas possuem o transtorno sem ter um diagnóstico elaborado, muito tempo se passa até que se ultrapasse todos os tabus e que se venha a procurar tratamento com um profissional competente, ou seja, o psiquiatra, e também o psicólogo. Normalmente são anos, às vezes décadas. As crises no início são espaçadas, e quase não se percebe a diferença dos sintomas para os traços de personalidade do indivíduo, ou mesmo episódios isolados de tristeza, ou de muita alegria, competência nos trabalhos ou estudos, sensualidade, ou um certo descuido com a vida financeira. Por milhares de vezes esse diagnóstico nunca chega a ser dado, e o não-paciente, passa uma vida inteira entre altos e baixos, podendo por fim a sua própria vida, numa total solidão de vivências exacerbadas. Estima-se que 1 em cada 4 casos sejam diagnosticados.

Classificação


A depressão maníaca foi inicialmente descrita em fins do século XIX pelo psiquiatra Emil Kraepelin, que publicou seu conhecimento da doença em seu Textbook of Psychiatry. Existem várias variações do distúrbio bipolar:
  • TIPO I: Predomínio da fase maniaca com depressão mais leve (distimia).
  • TIPO II: Predomínio da fase depressiva com mania mais leve (hipomania).
  • MISTA: Quando os episódios possuem várias características tanto de mania quanto de depressão simultaneamente.
  • CICLOS RÁPIDOS: Quando os episódios variações humor duram menos de uma semana.
  • CICLOTIMIA: Os sintomas são persistentes por pelo menos dois anos, períodos em que sintomas de hipomania são leves e depressão ou distimia não são tão profundos para ser qualificados como Depressão maior.

Introdução


O transtorno bipolar do humor, também conhecido como distúrbio bipolar, é uma doença caracterizada por episódios repetidos, ou alternados, de mania e depressão. Uma pessoa com transtorno bipolar está sujeita a episódios de extrema alegria, euforia e humor excessivamente elevado (mania), e também a episódios de humor muito baixo e desespero (depressão). Entre os episódios, é comum que passe por períodos de normalidade.
Deve-se ter em conta que este distúrbio não consiste apenas de meros "altos e baixos". Altos e baixos são experimentados por praticamente qualquer pessoa, e não constituem um distúrbio. As mudanças de humor do distúrbio bipolar são mais extremas e mais duradouras que aquelas experimentadas pelas demais pessoas. Quando tanto a depressão quanto a mania são mais leves mas mais duradouras o transtorno passa a ser classificadas como ciclotimia.
O doente de distúrbio bipolar era também comumente chamado de "maníaco-depressivo", entretanto, este uso não é um termo usado atualmente entre os psiquiatras, que padronizaram o uso de Kraepelin do termo depressão maníaca para descrever o espectro bipolar como um todo, que inclui tanto o distúrbio bipolar como a depressão; eles agora utilizam distúrbio bipolar para descrever a forma bipolar da depressão maníaca.
A natureza e duração dos episódios variam grandemente de uma pessoa para outra, tanto em intensidade quanto em duração. No caso grave, pode haver risco pessoal e material.

Prevalência


Seguindo os critérios médicos, o número de diagnósticos ficou entre 0,5% a 2,2% da população, para transtorno bipolar tanto tipo I quanto tipo II. Já seguindo um conceito de espectro bipolar mais amplo, ampliando seus limiares, as estimativas sobem para 5% a 8% da população. Não foram encontradas diferenças significativas na prevalência entre homens e mulheres na maioria dos estudos nem entre classes sociais, porém foi mais comum em solteiros e divorciados, provavelmente como consequência da doença. Em um estudo porém, foi consideravelmente (1,5:1) mais comum em mulheres.
A doença pode se manifestar em crianças, porém talvez pela dificuldade em identificá-la, o primeiro episódio costuma ser identificado em adolescentes e jovens adultos, por volta dos 15 a 25 anos. A prevalência em crianças e adolescentes é de cerca de 1% de diagnósticos e de cerca de 7,2% identificadas usando conceitos mais amplos.
A incidência desta patologia na população mundial tem crescido enormemente. Se fosse contagiosa, poderíamos considerar uma verdadeira epidemia. Quem de nós nunca teve contato com um portador da doença, que na maioria das vezes passa desapercebido ao nosso lado. Através de estatísticas elaboradas por todo o mundo, existem milhões de pessoas diagnosticadas com o transtorno.

Característica

O paciente com bipolaridade pode chegar ao extremo da depressão ao tentar suicídio e, no outro extremo, a euforia de tentar escrever um livro num só dia, por exemplo.
Equivocada é a ideia de que a bipolaridade seria estar hiper contente pela manhã, triste à noite e com um sentimento médio à tarde. Tal ideia não traduz a bipolaridade. Na verdade a bipolaridade pode vir a se manifestar nos dois pólos da doença: depressão e mania. Há medicamentos que buscam controlar as alterações de humor para esses dois pólos da doença, sendo que a fase depressiva é mais difícil de tratar.
O transtorno bipolar é a patologia do eixo I mais associada ao uso indevido de substâncias psicoativas. Entre 60% a 85% dos portadores de TBH abusam de álcool alguma vez ao longo da vida.

Critérios Diagnósticos

Mania

Em clínicas de alcoolismo 20 a 30% são identificados como bipolar, e cerca de 50% como depressivos.
Segundo o DSM-IV, três ou mais dos seguintes sintomas persistirem por pelo menos uma semana
  1. Auto-estima inflada ou sentimento de grandiosidade
  2. Necessidade de sono diminuída (por ex., sente-se repousado depois de apenas 3-4 horas de sono)
  3. Mais eloquente do que o habitual ou pressão por falar
  4. Fuga de ideias ou experiência subjetiva de que os pensamentos estão muito acelerados
  5. Distratibilidade (isto é, a atenção é desviada com excessiva facilidade para estímulos externos insignificantes ou irrelevantes)
  6. Aumento da atividade dirigida a objetivos (socialmente, no trabalho, na escola ou sexualmente) ou agitação psicomotora
  7. Envolvimento excessivo em atividades prazerosas com um alto potencial para consequências dolorosas (por ex., envolvimento em surtos incontidos de compras, indiscrições sexuais ou investimentos financeiros tolos)
A perturbação do humor deve ser suficientemente severa para causar prejuízo acentuado no funcionamento ocupacional, nas atividades sociais ou relacionamentos costumeiros com outros, ou para exigir a hospitalização, como um meio de evitar danos a si mesmo e a outros, ou existem aspectos psicóticos.
Caso durante o período da perturbação do humor, inclua pelo menos três dos seguintes sintomas (quatro se o humor é apenas irritável) em um grau significativo, mas durar apenas alguns dias, e essas mudanças ocorrerem há pelo menos 2 anos (1 ano para crianças e adolescentes), classifica-se como hipomania.

Depressão


Deve conter 5 ou mais sintomas por duas semanas ou mais, incluindo estado deprimido ou anedonia
  1. Estado deprimido: sentir-se deprimido a maior parte do tempo;
  2. Anedonia: interesse diminuído ou perda de prazer para realizar as atividades de rotina;
  3. Sensação de inutilidade ou culpa excessiva;
  4. Dificuldade de concentração: habilidade frequentemente diminuída para pensar e concentrar-se;
  5. Fadiga ou perda de energia;
  6. Distúrbios do sono: insônia ou hipersônia praticamente diárias;
  7. Problemas psicomotores: agitação ou retardo psicomotor;
  8. Perda ou ganho significativo de peso, na ausência de regime alimentar;
  9. Ideias recorrentes de morte ou suicídio.
Caso existam 3 ou 4 sintomas, incluindo estado deprimido, durante dois anos no mínimo, classifica-se como distimia.

Principais sintomas


Como identificar o humor

Um dos principais problemas da fase maniaca é o indivíduo impulsivamente se endividar, abusar de drogas e/ou fazer sexo com inúmeros parceiros diferentes por conta da libido aumentada.
Sintomas da depressão
O indivíduo deprimido em geral se sente abatido, quieto e triste. Pode dormir muito, como uma fuga do convívio, reclamar de cansaço em tarefas simples como escovar os dentes, apresentar traços de baixa auto-estima e de sentimentos de inferioridade. Demonstra pouco interesse pelos acontecimentos e coisas e pode se isolar da família e amigos.
O indivíduo pode se sentir, nesta fase, culpado por erros do passado, e fracassos em sua vida e de seus familiares. Pode haver irritabilidade, lamentos, e auto-recriminação.
Pode haver um distúrbio do apetite, tanto para aumentá-lo, como para diminuí-lo. O deprimido pode apresentar queda na sua imunidade, o que o deixa mais predisposto a contrair doenças. Em alguns casos a depressão pode se manifestar de forma psicossomática, e o indivíduo pode apresentar algumas doenças de causa psicológica, que normalmente se caracterizam por dores pelo corpo ou cabeça.
Há uma queda da libido e o indivíduo se afasta de seu companheiro, se o possuir.
É comum nesta fase pensamentos suicidas, uma vez que o indivíduo se sente mal em sua vida e sem energia para mudá-la. A conseqüência mais grave de uma depressão pode ser a concretização do suicídio.
Sintomas da Euforia (Mania)
Na fase eufórica o indivíduo pode apresentar sentimentos de grandiosidade, poderes além dos que possui e grande entusiasmo. O indivíduo passa a dormir pouco, tornar-se agitado.
Pode falar muito, ter muitas ideias ao mesmo tempo, sentindo os pensamentos bem mais acelerados, formando linhas de raciocínio difíceis de serem compreendidas por outras pessoas.
Há uma alteração na libido e o indivíduo tem um aumento do desejo sexual. É comum a bipolares terem vários de parceiros sexuais a cada episódio.
O indivíduo perde a inibição social, podendo passar por situações vexatórias por falta de senso crítico.
Também é comum a irritabilidade, que associada com a impulsividade, pode levar o indivíduo a se envolver em mais brigas.
Nesta fase é comum os indivíduos se endividarem ou perderem muito dinheiro, comprometendo até bens de família. Durante os delírios de grandeza os gastos são muito acima do que sua realidade permitiria. Devido ao grande otimismo, é possível que o indivíduo empreste dinheiro a pessoas a quem mal conhece, e que podem estar aproveitando-se da situação.
São comuns manias como perseguição, realização de sonhos (reformas, viagens, compras) que a primeira vista podem até parecer normais.
No tipo de THB com surtos psicóticos, é comum nesta fase que o paciente tenha alucinações e delírios de grandeza.

Tratamento

Advertência: O Jacir Holowate não é consultório médico nem farmácia.
Se necessita de ajuda, consulte um profissional de saúde.
As informações aqui contidas não têm caráter de aconselhamento.


O transtorno bipolar não tem cura, porém possui tratamento através de medicamentos cada vez mais avançados, a medicina tem evoluído muito nessa área. Até pouco tempo atrás, os pacientes com TAB, ou seja, pacientes com transtorno bipolar, ficavam internados em hospícios e eram tratados com eletrochoques, atualmente podem contar com uma série de remédios anti-depressivos, estabilizadores do humor (anti-convulsivos) e ansiolíticos, que serão ministrados a cada paciente, de forma personalizada, segundo as características de cada estágio da doença, e da resposta a dosagem medicamentosa, e que ainda podem ter uma vida "quase" normal, sem internações,
pois o tratamento dos pacientes crônicos é feito em hospitais-dia, onde se fazem terapias ocupacionais durante o dia e, à noite, os pacientes voltam ao convívio de suas famílias.
As alarmantes mudanças de humor podem ser controladas por diversos medicamentos conhecidos como estabilizantes de humor. O tratamento com carbonato de lítio é o mais antigo e ainda em uso, e hoje há significativos progressos no estudo de novos tratamentos com poucas, mas significativas novas medicações introduzidas na medicina nos últimos tempos. O lítio induz a uma série de efeitos adversos e, por isso mesmo, precisa ser dosada sua concentração no sangue periodicamente. O tratamento moderno de transtorno bipolar não usa tanto sais de lítio, dando preferência a estabilizantes de humor como olanzapina, valproato, divalproato de sódio ouquetiapina. Quando existe abuso de álcool, cigarro e drogas ilícitas, os estabilizantes de humor também ajudam a controlar a dependência química e psicológica.
Com o uso de medicamentos adequados e de apoio psicológico, é perfeitamente possível atravessar períodos indefinidamente longos de saúde e ter vida plena

Terapia ocupacional


No caso de Psicose Maníaco-Depressiva o tratamento dos pacientes crônicos é feito em hospitais-dia, onde se fazem terapias ocupacionais durante o dia e, à noite, os pacientes voltam ao convívio de suas famílias.

[editar]Como controlar

Para controlar as mudanças de humor é necessário regularmente

  • Acompanhamento por médico (psiquiatra), psicanalista ou psicólogo.
  • Uso da medicação prescrita conforme recomendação médica.
  • O uso da medicação é particularmente importante porque é muito comum o paciente de bipolaridade interromper a terapia medicamentosa. A interrupção no uso do medicamento recomendado, via de regra, desencadeia novos episódios da conduta característica a essa condição: estados de depressão mais intensa e maior exaltação na euforia
  • Restrição ao uso de álcool, drogas e cafeína.
  • Vida saudável com horas de sono suficientes e em horário regular, alimentação equilibrada e atividade física adequada.

Genialidade e o portador do transtorno bipolar


Pesquisadores provaram que existe relação entre genialidade e o portador do Transtorno Afetivo Bipolar, já que na fase da mania, este possui grande fluidez de pensamento e muita energia, ficando várias noites sem dormir, mas toda essa genialidade não é via de regra, dos considerados gênios criativos da humanidade 40% eram bipolares, porém somente 10% dos bipolares são considerados gênios, os outros 90% são normais e ainda padecem todas as dores psíquicas por terem desenvolvido a doença. Existe também uma outra estatística, muito menos feliz, que comprova que 40 a 50% dos encarcerados nas prisões americanas são portadores da doença. Em crises de euforia, movidos pela impulsividade, se utilizam de meios violentos, contra o seu oponente, podendo inclusive cometer um homicídio.

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